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    Associação das seguradoras internacionais comemora mudanças em resseguro

    2015-07-23

    Fonte: Sonho Seguro

    “Estou muito feliz com as novas regras de resseguros anunciadas pelo governo nesta semana. Eu e as 21 empresas que compõem a Associação Brasileira das Companhias de Seguros Internacionais”, afirmou João Francisco Borges, presidente da HDI e presidente da entidade ao blog Sonho Seguro.
     
    No dia 21 de julho, o governo divulgou que a partir de 1 de janeiro de 2017 o percentual de 20% para a transferência de risco em operações de resseguro para o exterior entre empresas do mesmo grupo sobe para 30%, chegando a 75% em 2020. “Só de eliminar o custo de intermediação que tinha de ser feita nos contratos de resseguros para repassar os contratos para uma empresa do grupo já temos uma boa redução do custo Brasil”, ressalta João Francisco.
     
    Ele também vê como muito positva a redução do percnetual de 40% de reserva de mercado para as resseguradoras locais a partir de 1 de janeiro de 2017, quando o percentual cai para 30%, chegando em 2020 em 15%. “Obviamente o cliente vai ganhar com um mercado mais competitivo e também terá um preço mais acessível, à medida que o custo de intermediação cai”, explica.
     
    Segundo ele, as 21 associadas da entidade que comanda também têm uma opinião muito positiva sobre as medidas. “Os resultados das novas regras serão percebidos em pouco tempo”, garante. Estão entre as associadas ACE, Allianz, Assurant, Berkley, Cardif, AIG, Chubb, Fairfax, HDI, HSBC, Liberty, MetLife, Mitsui Sumitomo, QBE, RSA, Santander, Tokio Marine, UBF, Zurich entre outras. “As medidas vão trazer recursos para o Brasil, pois as companhias aqui instaladas vão aportar capital para sustentar o crescimento que terão em suas operações e investiram em técnicos e processos”, afirmou. Ele também aposta que as medidas vão atrair novos players para o Brasil e com isso a competição ficará ainda mais acirrada.
     
    A mudança nas regras de resseguro era pauta constante de reuniões de executivos do setor e investidores com técnicos do governo. A restrição da obrigatoriedade de oferta de 40% aos resseguradores locais e limite de repasse de contrato entre companhias do mesmo grupo foram impostas na época da abertura do setor para proteger o mercado local, principalmente o IRB Brasil RE, até que ele estivesse fortalecido e pudesse concorrer de forma saudável dentro dos padrões das companhias internacionais.
     
    Em maio deste ano, quando a equipe do governo, acompanhada do ministro Joaquim Levy, visitou o mercado de seguros londrino para expor o cenário do país a investidores, a flexibilização das regras do resseguro foi um dos temas da pauta. “A equipe do governo tem dito aos investidores que o governo trabalha com várias medidas microeconômicas que serão implementadas para reduzir o custo Brasil e tornar o país mais competitivo. E resseguro era uma das pautas do governo”.