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    Susep estuda implantar fiscalização eletrônica

    2014-12-08

     
    Nos próximos dois anos, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) planeja mudar radicalmente o modelo de acompanhamento das empresas de seguros, previdência complementar aberta e capitalização. Segundo o superintendente da autarquia, Roberto Westenberger, um estudo em fase final de conclusão alinhará o novo formato, baseado no uso intenso da tecnologia. Vamos repensar as formas de comunicação entre as empresas supervisionadas e a Susep. Na prática, teremos a supervisão eletrônica, com o plugamento online e em tempo real com todas as bases de dados existentes hoje, adiantou Roberto Westenberger, ao participar recentemente do Insurance Meeting 2014, conferência focada na tecnologia.
     
    Os membros do grupo de trabalho que formata o novo modelo já alcunharam o projeto de seguro eletrônico. As mudanças em exame prometem, inclusive, acabar com os históricos e problemáticos Formulários de Informações Periódicas (FIPs), quando a nova estrutura estiver totalmente implantada. O FIP consiste em um conjunto dados estatísticos que as seguradoras são obrigadas a encaminhar periodicamente à Susep.
     
    No novo formato, como haverá acompanhamento mais constante dos dados das empresas do setor, a Susep acredita que poderá detectar eventuais problemas com mais facilidade.
     
    Poderemos resolver esses problemas quando ainda houver tempo para a correção, observou o superintendente.
     
    Os segurados também poderão consultar a base de dados e as estatísticas de mercado tendem a ser aprimoradas.
     
    O grupo de trabalho criado pela Susep no último dia 10 de novembro tem prazo de seis meses para a concluir os trabalhos.
     
    No segundo semestre de 2015, a nova sistemática do chamado seguro eletrônico começará a ganhar forma. A implantação deve ocorrer um ano depois.
     
    Comercialização - No Insurance Meeting 2014, um dos temas mais discutidos, no talk show com lideranças do mercado, foi a necessidade de se rever os formatos de comercialização de seguros.
     
    Precisamos avançar em relação aos canais de distribuição. Atualmente, temos poucos, admitiu o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Marco Antonio Rossi, para quem esse avanço é fundamental para sustentar o crescimento de um segmento econômico que figura entre aqueles com crescimento mais expressivo nos últimos anos.
     
    Nesse contexto, ele pontuou que o grande desafio é levar o seguro à população de baixa renda. Em um mundo onde se pode fazer quase tudo por telefone, é razoável imaginar que esse canal será muito bem-vindo, disse.
     
    Já o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Paulo Marracini, assinalou que, em termos de tecnologia, o setor já tem tudo que precisa para atingir o consumidor.
     
    Contudo, alertou que, agora, o importante é prover uma interface que seja compreensiva e agradável aos usuários.